quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ai isso é que ganhei! Por causa...

... do arco-íris...


Eu ainda não sei bem usar a voz. Falo com os olhos; falo com música; falo com fotografias; falo no papel e no ecrã. Mas uso pouco a minha voz.

Penso que não terá sido por acaso que me foi colocado o desafio de a usar. E sabendo desta minha "inaptidão", ainda assim resolvi aceitar. Penso que isso também não deve ter sido por acaso. Estive à altura? Pois, se calhar não...


Há pessoas que têm um dom; eu, pelo contrário, preciso de pensar nas coisas antes de as dizer. E pensar bem, para condensar todos os pensamentos que viajam constantemente à velocidade da luz nesta cabeça. Depois então lá sai qualquer coisa. Às vezes bem, às vezes nem tanto.


Para quem não sofre deste mal, deve ser extremamente difícil de compreender o porquê do silêncio. E é justamente por isso que agradeço do fundo do coração a paciência e generosidade que algumas pessoas demonstram.


Sei que tive sorte, tanta sorte… Não apenas nestes 3 dias, mas em muitos mais!


O que é certo é que não valeu a pena só pelo arco-íris. Prometi e hei-de cumprir, todas as vezes que for necessário. Todas. A alternativa… não é alternativa.


Para quem ler e não perceber (provavelmente ninguém irá perceber a totalidade do que escrevi), não peçam muito… Sabem que tenho um problema de expressão… :P


É que há coisas que não são para entender quando se ouvem, são para ir entendendo com o tempo.



XXVI!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Foi Deus

Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado, neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento, todo sofrimento
Eu sinto que a alma cá dentro se acalma
Nos versos que canto
Foi Deus que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar
Foi Deus que me pôs no peito
Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar

Se canto, não sei o que canto
Misto de aventura, saudade, ternura, e talvez amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando, se tem um desgosto
E o pranto no rosto nos deixa melhor
Foi Deus que deu voz ao vento
Luz ao firmamento
E deu o azul às ondas do mar
Foi Deus que me pôs no peito
Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar

E pôs as estrelas no céu...

E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu luto as andorinhas
Ai... e deu-me esta voz a mim

Fez poeta o rouxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à primavera
Ai... e deu-me esta voz a mim


Amália Rodrigues - Foi Deus
(versão dos Amália Hoje)
Letra original de Alberto Janes



Obrigada F., por nos lembrares!... Um exemplo de como algo simples pode ser tocante...


Para os apreciadores, ouçam também a versão original, com as guitarras e a magnífica voz de Amália.